Financiamento imobiliário no Brasil: como superar desafios e aproveitar oportunidades no mercado

Descubra os principais desafios e oportunidades do financiamento imobiliário no Brasil, em comparação com outros países, e saiba como incorporadores podem se preparar para um mercado mais estável e competitivo.

Financiamento imobiliário no Brasil como superar desafios e aproveitar oportunidades no mercado

O financiamento imobiliário é a base para viabilizar a maior parte dos empreendimentos no Brasil, desde grandes incorporações até pequenos projetos residenciais. Apesar de sua relevância, o sistema de crédito imobiliário brasileiro enfrenta entraves que limitam o crescimento do setor: concentração bancária, alta dependência de recursos públicos e instabilidade jurídica.

Por outro lado, há um enorme espaço para expansão: países como Estados Unidos, Chile e Holanda já mostram caminhos possíveis, com participação muito maior do crédito imobiliário no PIB e forte presença do mercado de capitais.

Neste artigo, vamos explorar em profundidade os desafios e oportunidades do financiamento imobiliário no Brasil, comparando com outros mercados, entendendo as fragilidades do modelo atual e apontando soluções que podem transformar o setor.

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O cenário atual do financiamento imobiliário no Brasil

Hoje, cerca de 60% do crédito imobiliário brasileiro depende de fontes públicas, como FGTS e poupança (SBPE). Além disso, cinco grandes bancos concentram mais de 80% de todo o financiamento imobiliário no país, o que reduz a concorrência e mantém taxas pouco atrativas para incorporadores e compradores.

Essa estrutura cria dois grandes problemas:

  • Dependência de subsídios governamentais: quando o governo reduz incentivos, muitos projetos deixam de ser viáveis.
  • Viabilidades frágeis: empreendimentos muitas vezes só “fecham a conta” em função de juros subsidiados, o que gera risco em períodos de alta da Selic.

Spread negativo: o maior entrave

Nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos, a taxa de financiamento imobiliário é sempre maior que a taxa básica de juros. Isso garante que investidores tenham retorno positivo.

No Brasil, ocorre o contrário: com a Selic em patamares elevados, a taxa média de financiamento é menor que a taxa básica, criando um spread negativo. Essa distorção só se sustenta com subsídios públicos, reforçando a fragilidade estrutural do nosso sistema.

O que podemos aprender com outros países

Estados Unidos

  • Crédito imobiliário representa mais de 60% do PIB.
  • Estrutura altamente descentralizada, com mais de 5.000 instituições financeiras oferecendo crédito.
  • Forte participação do mercado de capitais, por meio de instrumentos como securitização (semelhante aos CRIs no Brasil).

Chile

  • Crédito imobiliário equivale a 25% do PIB (mais que o dobro do Brasil).
  • Menor concentração bancária, mesmo com número reduzido de instituições.
  • Segurança jurídica mais ágil, com retomada de imóveis em até 6 meses.

Brasil

  • Crédito imobiliário corresponde a apenas 10 a 11% do PIB.
  • Forte concentração em poucos bancos.
  • Dependência de fontes públicas (FGTS e SBPE).
  • Retomada de imóveis pode levar anos, aumentando o risco e encarecendo o crédito.

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Caminhos para destravar o financiamento imobiliário no Brasil

  1. Descentralizar o crédito
    • Incentivar a entrada de fintechs e novas instituições financeiras.
    • Estimular a concorrência saudável entre players, reduzindo custos para incorporadores e consumidores.
  2. Ampliar a securitização
    • Tornar instrumentos como CRIs, LCIs e fundos imobiliários mais acessíveis.
    • Escalar a emissão de dívidas para diversificar as fontes de funding.
  3. Apoiar pequenos e médios incorporadores
    • Criar produtos de crédito adaptados a esse perfil, que representa mais de 80% do mercado.
    • Facilitar garantias e flexibilizar prazos, principalmente para empreendimentos voltados à locação.
  4. Fortalecer a segurança jurídica
    • Agilizar a execução de garantias, reduzindo o risco percebido pelos investidores.
    • Tornar a alienação fiduciária ainda mais eficaz como mecanismo de proteção.
  5. Educação e adaptação ao mercado de capitais
    • Incorporadores precisam compreender como acessar funding além do crédito tradicional.
    • Ajustar produtos imobiliários para viabilizar empreendimentos com taxas de mercado, e não apenas subsidiadas.

Como a Makasí já atua nesse modelo

A Makasí nasceu justamente para atender esse novo momento do mercado. Nossa operação é baseada no mercado de capitais, oferecendo alternativas além do crédito tradicional, com processos mais ágeis e personalizados.

  • Inovação: utilizamos tecnologia para simulações rápidas e análise de viabilidade em minutos, dando ao incorporador clareza desde o início do projeto.
  • Educação: aqui, no Makasí Edu, compartilhamos conteúdos, lives e guias que ajudam incorporadores e construtores a entenderem melhor como acessar crédito de forma sustentável.
  • Flexibilidade e apoio ao pequeno e médio incorporador: a Makasí está comprometida em apoiar incorporadores de menor porte, que representam mais de 80% do mercado brasileiro. Nosso diferencial é olhar para a viabilidade do projeto e não apenas para o histórico da empresa, abrindo espaço para que novos empreendedores tenham acesso ao crédito e possam crescer de forma sólida.

Quer ver como funciona na prática? Faça agora uma simulação gratuita de financiamento com a Makasí e descubra em poucos minutos as condições ideais para o seu empreendimento.

Oportunidades de crescimento

Apesar das barreiras, o Brasil tem enorme potencial:

  • Espaço no PIB: mesmo que o crédito imobiliário chegue a 15% do PIB (bem abaixo de países desenvolvidos), já representaria uma expansão significativa.
  • Mercado de capitais em ascensão: a tendência é de maior protagonismo de CRIs, LCIs e fundos imobiliários no financiamento à construção.
  • Demanda habitacional elevada: o déficit habitacional brasileiro ainda é alto, garantindo mercado para novos empreendimentos.
  • Interiorização do crédito: fintechs e novas soluções estão levando financiamento a cidades menores, descentralizando o acesso.

Um mercado em transformação

O financiamento imobiliário no Brasil precisa evoluir para reduzir sua dependência de subsídios governamentais e se aproximar de modelos internacionais mais maduros. A transição para o mercado de capitais será fundamental para criar um sistema sustentável, competitivo e menos vulnerável às oscilações políticas.

Para incorporadores e construtores, adaptar seus modelos de negócio a essa nova realidade é crucial. Isso significa planejar empreendimentos que suportem taxas de mercado, buscar alternativas de funding e explorar a diversificação de crédito.

O futuro do financiamento imobiliário no Brasil passa por descentralização, segurança jurídica e inovação. Quem se antecipar a essa transformação estará preparado para crescer em um mercado mais sólido e previsível.

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