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Uso do Capital Próprio no Empreendimento Imobiliário: Impactos na Aprovação de Crédito

Uso do Capital Próprio no Empreendimento Imobiliário: Impactos na Aprovação de Crédito

 

 

Quando se trata de empreendimentos imobiliários, o uso do capital próprio no financiamento do projeto é uma das variáveis que impacta diretamente tanto a viabilidade do negócio quanto as chances de aprovação de crédito. Com a estruturação adequada e o planejamento sobre a entrada de recursos próprios, o incorporador consegue tanto alavancar o projeto quanto atrair investidores. Vamos explorar os pontos principais sobre como o capital próprio interfere no financiamento imobiliário e como ele pode ser usado de maneira estratégica.

Esse conteúdo foi produzido a partir de uma live no canal do YouTube da Makasí. Você pode se aprofundar no tema assistindo a apresentação neste link.

Cenário do Crédito para Pequenos e Médios Incorporadores

Empreendedores imobiliários de pequeno e médio porte enfrentam diversos desafios no acesso ao crédito, especialmente quando se trata de financiamento para construção, uma linha que é bem menos explorada pelo sistema bancário tradicional em comparação ao crédito para aquisição de imóveis já construídos. A burocracia do setor e a falta de histórico de crédito são alguns dos obstáculos que impedem cerca de 80% dos incorporadores de conseguirem o financiamento necessário para seus empreendimentos.

A informalidade do setor e a falta de governança financeira são pontos de atenção para credores, que, em sua maioria, ainda preferem investir em imóveis prontos, onde o risco de inadimplência e de falhas na entrega do produto é menor. Para superar essas dificuldades, incorporadoras têm optado por uma estrutura de financiamento privada, onde a tecnologia facilita o acompanhamento granular das obras, proporcionando mais segurança ao credor. A Makasí, por exemplo, tem buscado preencher essa lacuna ao oferecer uma solução mais ágil e digitalizada, voltada para pequenos e médios incorporadores.

Planejamento do Capital Próprio: Quando e Como Utilizá-lo

O uso do capital próprio pode ocorrer em diferentes momentos da jornada de um empreendimento. Incorporadores que planejam utilizar seu próprio capital têm algumas opções:

  1. Investimento Inicial: Alguns incorporadores preferem aplicar capital próprio no início do projeto, cobrindo despesas como a compra do terreno, elaboração de projetos arquitetônicos e gastos iniciais. Isso facilita a aprovação de crédito em etapas posteriores, já que a estrutura do empreendimento está mais avançada e menos dependente do financiamento.
  2. Capital ao Longo do Projeto: Em outros casos, o incorporador pode optar por inserir recursos próprios durante o andamento do projeto, reduzindo a necessidade de empréstimos e, por consequência, o custo com juros.
  3. Alternativa de Investidores: Incorporadores também podem recorrer a investidores, como familiares ou amigos, que estejam interessados no projeto. Nesse caso, o capital próprio engloba os recursos desses investidores, que podem ser alocados estrategicamente para aumentar a viabilidade financeira do empreendimento.

A escolha sobre como e quando usar o capital próprio vai depender do perfil do projeto, do incorporador e de sua visão de longo prazo para o negócio. Incorporadores que preferem evitar a dívida, por exemplo, podem alocar o máximo de recursos próprios, embora isso reduza a margem de alavancagem e aumente a necessidade de capital disponível.

Impacto do Capital Próprio na Margem de Lucro e Estrutura de Capital

Uma estrutura de capital equilibrada considera tanto o uso de capital próprio quanto a alavancagem através de dívidas. Incorporadores que conseguem manter um equilíbrio entre esses fatores têm chances maiores de obter lucros significativos e de alcançar taxas de retorno atraentes. No entanto, é importante ponderar que:

  • Capital Próprio em Excesso: Incorporadores que utilizam muito capital próprio têm uma margem mais apertada, pois o lucro obtido precisa compensar o alto valor investido. Além disso, essa prática pode limitar o crescimento da empresa, uma vez que menos recursos estão disponíveis para futuros projetos.
  • Dívida e Custo de Juros: Em contrapartida, incorporadores que preferem alavancar o projeto com dívidas podem enfrentar maiores custos com juros, mas conseguem melhorar a margem de lucro e aumentar a velocidade de crescimento do empreendimento.

Decisões Estratégicas e Acesso ao Crédito

Cada incorporador deve avaliar qual modelo de estrutura de capital faz mais sentido para seu projeto e objetivos. Incorporadores que preferem minimizar o uso de capital próprio têm uma margem de lucro mais ampla e uma capacidade de expansão maior. Por outro lado, aqueles que priorizam o capital próprio tendem a ter maior controle sobre o projeto e menores despesas com juros.

No entanto, a combinação de capital próprio com dívida é a escolha mais comum e pode ser ajustada ao longo do desenvolvimento do empreendimento para atender às necessidades do mercado e de investidores. Incorporadores que conseguem encontrar esse equilíbrio são capazes de ampliar suas operações, diversificar sua carteira de ativos e atender melhor aos requisitos de crédito, ampliando as oportunidades de financiamento e garantindo a sustentabilidade do negócio.

Conclusão

O uso do capital próprio no empreendimento imobiliário é uma ferramenta valiosa e complexa, que requer planejamento e uma análise cuidadosa dos objetivos do incorporador e das oportunidades do mercado. Ao utilizar o capital próprio de forma estratégica, incorporadores ganham mais flexibilidade e segurança para alavancar seus projetos e alcançar o sucesso no mercado imobiliário.

 

 

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